#WebSummit. Que conteúdos vê quando está na sanita?

O que fazem dois youtubers na Web Summit? Discutem a mudança do formato curto para o longo vivida nos últimos tempos nas redes sociais. Mas… que conteúdos veem as pessoas quando estão na sanita? Curtos, claro! Josh Temple e Eric Struk defendem, pois, que o essencial é oferecer conteúdos variados. Entendem que ambos os formatos têm o seu lugar, adaptando-se às preferências do público e às tendências. A consistência, dizem ambos, é o segredo do sucesso.

#Web Summit.

As redes sociais alteraram a forma como consumimos conteúdos. E se nos últimos anos, durante a Covid-19, a tendência dominante foi a dos conteúdos curtos, hoje, os longos estão a ganhar terreno. Josh Temple, conhecido como Slogo, entende que há espaço para os dois formatos. “É um processo fluido, que vai alterando consoante as tendências do momento”, afirma. Para contornar essas correntes, aponta como solução criar formas de os conteúdos curtos servirem os longos e vice-versa.

Eric Struk concorda, adiantando que estamos, atualmente, num momento de equilíbrio. “São mais ferramentas na caixa de ferramentas”, observa. Enquanto algumas pessoas veem tudo, em ocasiões diferentes, outras só veem formatos curtos e outras só longos. Há, pois, que ter conteúdos para todos.

Consistência é o segredo, dizem ambos. Slogo defende que é mesmo a única forma de um criador ter boas métricas, mesmo quando as tendências estão em baixo. Observa que as impressões dos formatos curtos não são tão valiosas como as dos longos, porque as pessoas não estão tão envolvidas, e que os primeiros segundos são os mais importantes. Eric Struk concretiza: no caso dos YouTube Shorts são precisamente os primeiros três segundos que fazem a diferença. Já “no que diz respeito à monetização, os formatos longos serão sempre reis”, nota. “Tenho vídeos de há um ano que continuam a gerar receita”, adianta.

Mas estão as diferentes redes sociais preparadas para os dois formatos? Segundo Eric Struk, o YouTube está. Quanto ao TikTok e ao Instagram, considera interessante observar como vão adaptar-se a esta mudança. As audiências, essas, estão prontas, acredita.

Um aspeto-chave para a mudança de formato é quebrar a barreira horizontal/vertical, assegura Slogo. Defende que o YouTube tem uma abordagem interessante ao separar os dois formatos, e que o TikTok ainda está a tentar encontrar o caminho. E aconselha os criadores de conteúdos a perguntarem-se se o conteúdo pode ser adaptado aos dois formatos. Se a resposta for negativa, recomenda a reduzir apenas ao formato preferencial.

Sofia Dutra

 

Quarta-feira, 13 Novembro 2024 11:06


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