Este primeiro fine dining num Eurostars em Portugal abriu portas em janeiro deste ano, ainda em soft opening, com a inauguração oficial do restaurante agendada para março. O diretor executivo do Grupo Hotusa em Portugal, Luís Cruz, revela que o conceito surgiu na ideia de “reviver a memória daquilo que é a importância da Expo 98 e trazê-la para a memória coletiva em termos de projeto cultural e, como tal, ter uma gastronomia e ter um restaurante que possa avivar esse espaço e momento”.
O novo restaurante é também uma homenagem ao País. Basta olhar para a sala decorada com azulejos típicos. Aliás, o próprio hotel procura trazer as raízes portuguesas nos diferentes pisos do edifício, fazendo alusão a várias vertentes ou áreas na qual se destaca Portugal.
E por falar em raízes, há que realçar os ingredientes frescos e sazonais que estão por detrás de cada um dos pratos. À frente da cozinha está o chef Tomás Pereira, que nos explica que o menu, mais do que conjugar produtos e sabores típicos portugueses com temperos e técnicas internacionais, reflete algo primordial: o sabor.
Assim, o 98 Universal dispõe de uma carta com inúmeras opções, desde entradas a sobremesas, que mudam conforme as estações, garantindo uma experiência gastronómica sempre renovada e fiel ao ciclo natural dos produtos.
Foram-nos servidos alguns dos pratos disponíveis na carta. Logo a abrir, experimentámos um falso tomate. Tratava-se de um tártaro de peixe por dentro com uma casca de tomate por fora.
Depois de apurarmos o paladar, veio o pão de massa mãe e manteiga, tomate, cereja e framboesa.
Em seguida, serviram-nos uma emulsão de espinafres, beterraba em pickle e romã.
Nos pratos principais tivemos direito a experimentar um de peixe e um de carne. Primeiro foi servido o arroz com percebes, o peixe do dia, no nosso caso foi a corvina, e algas. Em seguida, deliciámo-nos com o prato que juntava raviolis de beterraba, amêndoa frita, especiarias e lombo de borrego.
Para quem não é adepto de peixe ou é alérgico ao marisco, pode optar, por exemplo, pelo tradicional Bife à Café com esparregado de salsa e batata souflet. Foi o que fizemos e não nos arrependemos.
A terminar com chave de ouro, comemos como sobremesa um Pudim Abade de Priscos, crumble de avelã e gelado de citrinos.
Um menu e conceito de restaurante que reflete a história e o percurso do chef Tomás Pereira e que faz match com a cidade onde cresceu e com o ano em que nasceu, precisamente o da Expo 98.
João Bernardo