Essa tem sido uma das tendências mais evidentes que as edições do estudo “Os Portugueses e as Redes Sociais”, produzido pela Marktest, têm revelado anualmente: estamos cada vez mais ligados às redes sociais e aproximamo-nos – em Portugal, e a um ritmo acelerado –, de uma média de quase duas horas por dia investidos neste tipo de plataformas.
Creio que não haverá indicador mais relevante do que este para confirmar o quanto a nossa presença nas redes sociais – seja como agente ativo, a produzir, a publicar ou a comentar conteúdos, seja como mero consumidor passivo – se entranhou nos nossos hábitos sociais.
A verdade é que as redes sociais passaram a ser, em certa medida, a nossa sala de estar para conviver com os amigos e também a nossa porta de entrada para o mundo. Quantos de nós já não recebem grande parte de informação e as novidades do dia através do Facebook, do WhatsApp ou do Instagram? E quantas vezes damos por nós a conviver com amigos que não vemos há anos e anos e que reencontramos neste novo mundo virtual?
Esta é uma realidade cada vez mais presente no dia a dia dos cidadãos e que impacta naturalmente, e de forma evidente, todos os sectores da sociedade e da economia. Incluindo, claro, todo o ecossistema da comunicação, campanhas e estratégias de marketing. Já não há espaço para dúvidas: as redes sociais são um eixo fundamental no sucesso de qualquer estratégia de comunicação.
É por isso que, ao longo dos últimos 11 anos, o estudo “Os Portugueses e as Redes Sociais” se tem afirmado como uma ferramenta que tem permitido ao mercado português medir o pulso à evolução das tendências.
Soubemos em 2021, por exemplo, que os portugueses têm, em média, contas criadas em 6 redes sociais. Ou seja, mais do dobro da média que se verificava em 2011, quando a Marktest começou a produzir este estudo. E percebemos também que o crescimento exponencial do hábito de uso de redes sociais ganha ainda maior volume entre os mais jovens, onde sobe para 9 a média de redes onde têm perfis.
Constatámos também que no que respeita à discriminação por redes sociais, o Facebook dominava em Portugal, com 93,4% dos utilizadores de redes sociais a afirmarem ter perfil criado nesta rede. Seguiam-se no ano passado, neste critério, o WhatsApp, com 82,6% dos utilizadores e o Instagram, com 76,1%.
Mais: confirmámos em 2021 que 55,1% dos utilizadores de redes sociais em Portugal assume acompanhar a atividade de marcas e empresas nas redes sociais e que 37,6% dos portugueses que usam estas redes assumem já ter comprado algum produto através destas plataformas digitais.
Ou seja, é hoje inquestionável que o potencial deste universo digital é tremendo para as marcas e para as empresas. Torna-se, por isso fundamental estar tão atualizado quanto possível sobre todos os indicadores que permitam calibrar da melhor forma as estratégias a desenvolver neste território.
Acreditamos que a edição de 2022 do estudo “Os Portugueses e as Redes Sociais” – que acabámos de lançar – contribuirá de forma decisiva para o melhor planeamento de todos os gestores.
Porque não tenhamos dúvidas: nem as redes, nem os públicos são todos iguais, e pode fazer toda a diferença para o sucesso de uma estratégia saber em detalhe o que está a acontecer, que targets estão e como se comportam em redes tão distintas como o Facebook, o Instagram, o Twitter, o LinkedIn ou o TikTok.
Por falar nisso, sabia que o Telegram foi a rede social que mais cresceu em notoriedade em 2021? Spoiler alert: a tendência manteve-se este ano…
Esperança Afonso, diretora da Marktest Consulting