Do Fogão Gaúcho sai um rodízio que #ProvamosEAprovamos

O rodízio já esteve na moda em Portugal. Era, sobretudo, sinónimo de carne à discrição, onde se podia comer até mais não. Perdeu gás, entretanto, entre a profusão de outras propostas gastronómicas que foram surgindo. Mas o brasileiro Saulo Cardoso quer reabilitá-lo, com o seu Fogão Gaúcho.

 Depois de vários anos como chefe executivo no grupo Doca de Santo, percebeu que o rodízio não tinha uma imagem muito positiva, sendo associado a carne de pouca qualidade. E juntou-se ao português Artur Silva para trazer para Portugal a experiência dos rodízios gaúchos, comprometido a oferecer carne com certificação de origem, com uma proposta que concilia as melhores práticas da cozinha internacional com as técnicas tradicionais.

Começaram, em 2017, por abrir um restaurante no Carregado. O objetivo era que servisse de laboratório para “um conceito diferente”. Expandiram-se, entretanto, para Carnaxide e para Alverca. Sempre na periferia de Lisboa, mas intencionalmente. Dizem que só chegarão à capital quando o projeto de trabalhar exclusivamente com carne nacional estiver no ponto. Está quase: na ilha do Pico, nos Açores, encontraram os “parceiros ideais”. Até lá, vão continuar com esta estratégia, que, asseguram, se tem revelado acertada.

Fomos (com)provar. No espaço de Carnaxide, localizado na avenida central. Um espaço amplo e luminoso, com espelhos e madeiras claras no mobiliário a contribuir para essa sensação de desafogo. O preto das cadeiras e dos balcões faz o contraste. Nas mesas redondas, um pormenor salta à vista: uma pequena árvore que emerge de uma abertura central. Trata-se de um apontamento interessante, que confere frescura ao restaurante, mas com a vantagem de não perturbar a conversa entre os convivas.

Do Fogão Gaúcho sai um rodizio

E o que se pode então provar? Picanha, cupim, costela, maminha e uma variedade de cortes que integram as duas modalidades do rodízio: o tradicional, em 12 momentos, e o mini, em seis momentos. Há uma terceira possibilidade, que é ficar pela picanha.

Do Fogão Gaúcho sai um rodizio

As carnes são servidas ao ritmo do cliente. Aqui não há o risco de se ficar com uma pilha de carne no prato, perdida entre arroz, feijão, mandioca e banana frita. Um R em madeira é colocado em cada mesa: se estiver à vista, é sinal verde para servirem; se estiver tapado, é tempo de pausa.

Do Fogão Gaúcho sai um rodizio

Para acompanhar, há todo um buffet à disposição. São dezenas de opções, entre pão de queijo, coxinhas de galinha, croquetes de costela, banana milanesa, mandioca frita e farofa, saladas, pratos quentes, queijos, fruta e sobremesas. 

Do Fogão Gaúcho sai um rodizio

O lema é “qualidade acima de tudo”. Tudo o que provamos cumpriu. Com ênfase para a carne – por enquanto ainda maioritariamente internacional, da América do Sul e de países europeus como a Holanda e a Bélgica. Já o serviço ficou aquém. Foi desatento, não houve um cuidado básico: o de explicar a serventia do tal R. Tudo contribui para a experiência, é certo, mas nada bate o que chega à mesa, pelo que o Fogão Gaúcho ficou aprovado.

fs@briefing.pt

 

Sexta-feira, 06 Setembro 2019 11:10


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