“Se o nome Funchal tem como raiz a palavra funcho, há que respeitá-lo com a dignidade que a ancestralidade merece”, explicam os responsáveis pelo restaurante Terreiro, inaugurado pelas mãos dos chefs Alexandre Henriques e Francisco Silva, com o savoir faire da marca Savoy Signature e o conhecimento do consultor gastronómico Nuno Nobre.
O jantar tem sete momentos distintos – mais um de chegada onde o dentinho é rei. O percurso começará com um momento que nos remete para o tempo em que se comia nas embarcações, acompanhado de um caldo marinho para o simbolizar. Segue-se a descoberta da ilha de Porto Santo, marcada por um habitante da ilha: o coelho. O terceiro momento é o da chegada à ilha da Madeira, com o funcho bem destacado.
Depois de achada a região, foi preciso povoá-la e – explicam – “o quarto momento reflete essa necessidade de criar raízes aproveitando ao máximo a fertilidade da ilha, mas com um toque do paladar dos homens que a descobriram, na sua maioria originários do norte de Portugal e do Algarve”.
O navegador João Gonçalves Zarco – o primeiro a deter a capitania do Funchal – andou pelo norte de África e os sabores e aromas provenientes dessa época vão estar presentes, no quinto prato. Por fim, a história traz-nos a 2019 e à abertura do restaurante Terreiro, com dois momentos que prometem ser uma festa de celebração. Esta começa no século XV – data do início do povoamento da Madeira – e chega até aos dias de hoje.
O Legado terá outros convidados de honra, que serão os anfitriões do menu noutras datas.