Segundo o relatório, a maioria dos inquiridos acredita que as suas escolhas podem impactar o mundo acredita que as suas escolhas podem impactar o mundo e que todos temos igual responsabilidade por promover o consumo sustentável. Por essa razão, 37 % procura frequentemente informação sobre a origem ou impacto dos produtos que compra e 35 % fazem-no ocasionalmente.
No que diz respeito aos valores mais associados à sustentabilidade, grande parte dos entrevistados associam-nos à saúde e bem-estar e à justiça social seguidos pela ética nos negócios. Só metade dos inquiridos atribuiu “elevada importância” a conceitos como o consumo responsável, os direitos dos animais e a sustentabilidade ambiental
De acordo com a Escolha Sustentável, a alimentação é o setor que desperta maior preocupação entre os consumidores, seja pelo momento da escolha dos produtos ou pelo consumo consciente, especialmente no esforço para evitar o desperdício. Cerca de 40 % preocupa-se frequentemente com a origem dos alimentos que consome e 22 % está sempre atento a esta questão. No entanto, esta é também a área que enfrenta os maiores desafios, com obstáculos como o preço elevado, oferta reduzida e pouco acessível de produtos sustentáveis.
Embora 51 % considere critérios éticos ou ambientais ao comprar roupa, moda e vestuário é o segundo setor mais mencionado no que diz respeito à dificuldade em consumir de forma “consciente”. Isto está relacionado com o número limitado de opções no mercado, pois quando há produtos mais ecológicos são por vezes inadequados às necessidades ou muito caros. Além disso, o mercado da fast fashion continua a ser mais acessível, tornando assim difícil a transição para opções ecológicas.
Quando questionados sobre quais os fatores que mais influenciam no momento da compra, 48 % dos portugueses dão prioridade à qualidade e 34 % ao preço, sendo eu apenas 11 % refere o impacto ambiental ou social como critério decisivo. Ainda assim, os consumidores mostram-se dispostos a pagar mais por produtos que sejam “justos, ecológicos e de produção local”. Somente 7 % afirma não estar disposto a pagar qualquer valor adicional por este tipo de artigos. Os participantes alertam ainda que esta mudança de comportamento só será sustentável se houver “acesso facilitado, transparência e preços mais justos”.
Simão Raposo

