40 anos após a criação do primeiro sistema nacional de recolha de embalagens usadas, pouco foi feito para que o vidro consiga cumprir as ambiciosas metas de reciclagem de 70% em 2025 e 75% em 2030, que foram definidas para os estados-membros da União Europeia. É esta a convicção da AIVE que revela que, de acordo com os últimos dados oficiais do Eurostat, referentes a 2021, esta taxa foi de 55% em Portugal. Para a reverter esta situação, a responsável da associação destaca que “quanto mais embalagens de vidro usadas forem recolhidas seletivamente, maior será a incorporação de vidro reciclado na produção de novas embalagens, uma vez que todas as embalagens de vidro colocadas no mercado poderão ser recicladas, se forem recuperadas”.
Referindo Espanha como um caso de sucesso, embora com um enquadramento legislativo diferente e com uma única entidade gestora dedicada ao vidro, Sandra Santos reforça ainda que é “essencial” um trabalho sistemático e planeado de acompanhamento no terreno, assim como uma articulação com os sistemas de gestão de resíduos e os municípios, destacando a importância de desenvolver medidas adicionais, entre as quais: a concentração de recursos, o alinhamento dos parceiros do SIGRE, e a criação de uma estrutura “permanente e estável”. “É urgente começar já, para alcançar resultados significativos em 202”, conclui.