No estudo anual global, é destacado, pela primeira vez , que todos os dias de um ano tiveram temperaturas pelo menos 1ºC acima do nível pré-industrial, com o serviço de monitorização a estimar que a temperatura média global possa exceder 1,5ºC a da era pré-industrial, num período de 12 meses a acabar em janeiro ou fevereiro deste ano, o que pode dificultar o cumprimento dos objetivos estabelecidos no Acordo de Paris. Estes dados mostram que houve um conjunto de temperaturas sem precedentes, a partir de junho, que levaram 2023 a ultrapassar o ano de 2016, que tinha sido o mais quente até então.
Os dados do programa gerido pela Comissão Europeia destacam, ainda, que as temperaturas médias globais da superfície do mar estiveram “persistente e excecionalmente” elevadas em 2023, alcançando níveis recorde para a época do ano entre abril e dezembro, sendo associadas a ondas de calor marinhas no Mediterrâneo, Golfo do México, Caraíbas, Índico, Pacífico Norte e Atlântico Norte.
Outras das informações revelam que, devido aos incêndios florestais que ocorreram durante vários meses no Canadá, as emissões de carbono globais causadas pelos fogos aumentaram no ano passado 30% face a 2022, de acordo com as estimativas do Copernicus. Foi ainda dito que a extensão de gelo marinho na Antártida atingiu níveis mínimos históricos em fevereiro, mantendo-se com concentrações baixas recorde durante oito meses.