Em 2024, a empresa cumpriu a meta de ter 100 % da sua eletricidade proveniente de fontes de energia renovável. Isto foi possível graças à instalação, entre 2019 e 2023, de 8.400 painéis solares na Cervejeira de Vialonga e na unidade de enchimento da Água de Luso, com capacidade para produzir 3.189 MWh/ano e 1.379 MWh/ano, respetivamente; bem como por meio de garantias de origem de múltiplos ativos. A transição para energias renováveis tem continuidade em 2025, a partir de um ativo dedicado, o Parque Eólico de Alto da Coutada, resultante de um Acordo de Compra de Energia (PPA) de longa duração, que fornece 32 GWh/ano de eletricidade renovável.
A etapa seguinte passa pela transição da energia térmica, que representa cerca de dois terços da energia total consumida nas operações cervejeiras. Uma das soluções está a ser implementada em parceria com a Siemens Portugal, prevendo-se o seu funcionamento total em 2026, na Cervejeira de Vialonga. Esta trata-se de um sistema de recuperação de energia que utiliza uma bomba de calor.
Além disso, a Central de Cervejas e Bebidas, a EDP e a Rondo Energy acabam de formalizar uma parceria para instalar uma bateria térmica de 100 MWh, que combina energia solar, armazenamento térmico e eletrificação do calor para descarbonizar os processos industriais. Em operação em 2027, trata-se de um projeto pioneiro na indústria das bebidas em Portugal e de uma das maiores baterias térmicas instaladas a nível mundial.
O diretor-geral do grupo, Julien Haex, afirma que atingir a neutralidade carbónica nos âmbitos 1 e 2 (produção) até 2030 é um dos objetivos da estratégia global “Brew a Better World”. O responsável sublinha que a empresa encara a Jornada de Descarbonização como uma oportunidade para transformar não apenas a forma como utilizam os recursos, mas também a estrutura da produção, com o objetivo de aumentar a eficiência.
Simão Raposo

