Numa cerimónia, realizada com a Greenvolt, que teve como anfitrião o CEO do SBG, Rui Lopes Ferreira, anunciou que o investimento, que inclui também ações de restauro ecológico e promoção da biodiversidade, ultrapassa os 80 milhões de euros, tendo apoio do Plano de Recuperação e Resiliência. Entre os presentes, estiveram o ministro da Economia, Pedro Reis; o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa; e o presidente do conselho de administração da empresa, Manuel Violas.
Com a execução desta iniciativa, o Grupo prevê, até 2030, atingir a neutralidade carbónica nas emissões diretas em todas as suas unidades, nomeadamente em Leça do Balio, onde se situa a sua fábrica de cervejas que se tornou numa referência nos domínios da eficiência energética, de qualidade e serviço.
Posteriormente, até 2050, o caminho passará pela redução das emissões provenientes de toda a cadeia de valor, tendo a organização já avançado com o processo de submissão à SBTi – Science Based Target Initiative para definição do plano estratégico de descarbonização com este foco.
Para já, estão a ser criadas cinco unidades de produção para autoconsumo e comunidades de energia, com o apoio da Greenvolt Comunidades, para ajudar o SBG a ter acesso à sua própria energia renovável. Haverá ainda a possibilidade de partilhar o excedente energético com mais de 1500 famílias nas comunidades envolventes, num raio de quatro quilómetros, após a conclusão deste investimento, previsto para 2026.
Tendo em conta que o seu principal negócio são as bebidas, que têm na composição mais de 90 % de água e que a utilização deste recurso é a base toda a operação, está a haver uma aposta no seu consumo responsável e consciente. Por isso, estão a ser utilizados 2,8 litros de água por litro de bebida produzida, ao contrário dos mais de dez litros eram usados nos anos 90.
Outros dois projetos, que estão em desenvolvimento em terrenos contíguos ao Pedras Salgadas Spa & Nature Park e à sua fábrica de cerveja em Leça do Balio, pretendem contribuir para compensar o consumo de água e as emissões de carbono, ajudando a mitigar o impacto da sua atividade e a preservar o ambiente.
Para Rui Lopes Ferreira, este é um plano de investimentos “claro e muito bem sustentado”, e que foi definido após uma “rigorosa” avaliação da pegada de carbono e hídrica do Grupo. Acrescenta que a iniciativa levou a que se chegasse a parceiros que possibilitam a adoção das “melhores” práticas.
O Roteiro de Descarbonização está inserido na estratégia do SBG “4 Authentic Tomorrow”, que está focada nos pilares: menos água, menos carbono, mais consumo responsável, e mais pessoas e comunidade.
Simão Raposo