No universo do luxo, a sustentabilidade deixou de ser uma opção para se afirmar como um imperativo. Num setor tradicionalmente vinculado à maestria rara e ao culto do excecional, cresce a consciência de que o verdadeiro luxo do futuro será responsável, ético e duradouro. Esta transformação tem vindo a redefinir não só processos produtivos e materiais utilizados, mas sobretudo a relação entre marca, produto e consumidor.
Na André Opticas e na nossa marca própria, Family Affair, acreditamos que a sustentabilidade é um imperativo ético e uma extensão natural da qualidade e autenticidade que defendemos desde a nossa origem. O luxo que desenvolvemos não vive do excesso, mas da precisão, da responsabilidade e da consciência.
A nível operacional, abolimos totalmente o uso de sacos de plástico nas lojas e implementámos sistemas de separação e reciclagem de resíduos em todos os espaços. Nas oficinas, as nossas máquinas de corte de lentes funcionam em circuito fechado — um sistema que exige investimento contínuo em filtragem, mas que nos permite poupar cerca de 120.000 litros de água por ano. Uma decisão consciente que conjuga inovação técnica com impacto ambiental mensurável.
Na produção da Family Affair, trabalhamos exclusivamente com materiais naturais e biodegradáveis como acetato de algodão, chifre de búfalo e madeira, garantindo que cada peça nasce de matérias-primas sustentáveis e com origem rastreável. O nosso modelo de produção sob medida elimina excedentes e desperdício de materiais, reforçando uma lógica de consumo mais inteligente e personalizada.
Sempre que possível, privilegiamos fornecedores nacionais — e idealmente locais. As nossas caixas de cartão reciclado e carteiras em pele são fabricadas em Portugal, reduzindo a pegada logística e apoiando economias circulares de proximidade.
No nosso atelier, restauramos maquinaria clássica — equipamentos com mais de meio século que continuam em uso graças ao nosso esforço de manutenção e restauro. Esta opção reduz o consumo de novos recursos industriais e evita o descarte de equipamentos ainda viáveis.
Por fim, procuramos e resgatamos stocks descontinuados de acetato de fábricas encerradas. Estes materiais, que de outro modo se perderiam, ganham nova vida em edições ultralimitadas — verdadeiros artefactos com história, estética e propósito.
Os nossos clientes reconhecem este compromisso e veem nele uma mais-valia que transcende o produto. Para nós, é a base de um modelo de negócio que alia tradição, inovação e responsabilidade — não como argumento de marketing, mas como parte integrante daquilo que somos.
André Leal, diretor criativo da André Opticas