Em comunicado, a CIMRL afirma que Portugal pretende “avançar com o licenciamento de energia renovável oceânica (‘offshore’) em larga escala ao longo das próximas décadas”. Esta situação está a ser acompanhada pelos autarcas da região, uma vez que a “proposta preliminar para implantação de projetos de energias renováveis offshore prevê a concessão” no concelho da Figueira da Foz, pertencente ao distrito de Coimbra, com 1325 quilómetros quadrados, que “interfere com a zona costeira dos municípios de Pombal, Leiria e Marinha Grande.
Tendo em conta esta situação, os responsáveis defendem um “montante indemnizatório para a devida compensação às regiões e aos profissionais do setor da pesca que vejam a sua atividade parcialmente limitada”.
A CIMRL pretende ainda uma avaliação técnico-científica independente para analisar os impactos estimados, em matéria de economia, ambiente, clima e biodiversidade, da construção de novas instalações eólicas marítimas em zonas onde poderão entrar em conflito com o setor das pescas.
Com o objetivo de conhecer melhor a dinâmica desta operação, os presidentes dos municípios de Leiria, Gonçalo Lopes, e da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, visitaram as instalações do projeto Windfloat Atlantic, em Viana do Castelo. Este é um parque eólico marítimo flutuante em pleno funcionamento desde 2020, com três plataformas flutuantes e com cerca de 25MW de capacidade instalada. Segundo os dois responsáveis, este contacto permitiu ter um conhecimento mais profundo dos aspetos positivos e negativos deste tipo de produção.
O leilão para atribuir as novas concessões será aberto até ao final de 2023, estando prevista a conclusão da fase de pré-qualificação nos primeiros meses de 2024.