O projeto, que contribui para a implementação do Plano de Ação da Economia Circular da União Europeia, arrancou em junho e tem 3,3 milhões de euros para estimular e apoiar a criação de novas soluções com impacto social e ambiental, nas áreas de eletrónica e tecnologias de informação e comunicação; baterias e veículos; embalagens; plásticos; têxteis; construção e edifícios; alimentos; e água e nutrientes.
O coordenador do projeto e investigador no INESC TEC adianta que se pretende “desenvolver soluções avançadas para a eficiência de recursos e energia, encontrar alternativas de fornecimento, aumentar a autonomia europeia, e desenvolver competências de empreendedorismo social para a transição verde e digital”. Gustavo Dalmarco convida a imaginar uma empresa do setor alimentar com problemas de desperdício de alimentos: o que o projeto vai fazer é “tentar trazer tecnologia para reduzir o desperdício e auxiliar na resolução desse problema”.
A grande novidade aqui é que as soluções serão apresentadas por empresas já existentes no espaço europeu, “fomentando um ambiente colaborativo”. Os vários setores da indústria serão unidos, através de vários mashups e workshops, e identificados os seus desafios e problemas de sustentabilidade, numa área geográfica que inclui mais de 20 países da Europa. Em 2023 e 2024, com o objetivo de dar resposta às necessidades encontradas, serão lançadas duas open calls para inovadores sociais – investigadores, PME e startups – e selecionados 50, que irão receber mentoria e 15 mil euros para apoiar o desenvolvimento de produtos/serviços inovadores e com impacto social. Deste grupo, 30 terão a oportunidade de participar numa demonstração tecnológica pré mercado, que inclui um apoio adicional de 85 mil euros.
Liderado pelo INESC TEC, o SoTecIn Factory é financiado pelo Programa Horizonte Europa da Comissão Europeia e junta cinco parceiros europeus: F6S Network, da Irlanda; bwcon, da Alemanha; Impact Hub, da Áustria; Metabolic, dos Países Baixos; e CNR, da Itália.