De acordo com a SPV, a prioridade deve estar na aplicação de investimento de forma a existir um “choque tecnológico” no setor que assegure infraestruturas de ecopontos “mais modernos e inovadores”. Isto poderá permitir o cumprimento da meta estabelecida por Portugal, que determina que, em 2025, pelo menos 65 % das embalagens colocadas no mercado devem ser recicladas.
Na análise ao desempenho dos vários materiais de embalagens no SIGRE, verifica-se que o vidro continua a merecer particular preocupação, já que foram recolhidas 100.621 toneladas, o que significa uma estagnação em comparação com o igual período de 2023. Este mantém-se como o único material de embalagem a não cumprir a taxa de reciclagem nacional, sendo necessário implementar soluções específicas para o vidro, como o baldeamento assistido, a colocar nas proximidades de cafés, restaurantes e bares, onde são geradas as quantidades mais significativas destes resíduos urbanos, o que pode facilitar a deposição deste material.
Pelo lado positivo, foram encaminhadas para reciclagem 75.552 toneladas de papel/cartão (+6 %), 4.449 toneladas de embalagens de cartão para alimentos líquidos (+7 %), 41.601 toneladas de plástico (+6 %) e 1.017 toneladas de alumínio (+22 %).
“Houve rapidez na tomada de decisão sobre as novas licenças às entidades gestoras, o que se aplaude, e a nossa expectativa é que se siga este ciclo no sentido de se implementar, com agilidade, o que é preciso no setor e apoie os cidadãos a serem mais participativos neste processo da reciclagem de embalagens”, diz a CEO da SPV, Ana Trigo Morais. “A SPV mantém a sua disponibilidade para continuar com o trabalho colaborativo e investir na modernização do setor para que este continue a ser um bom exemplo na gestão dos resíduos urbanos”, conclui.