Sabia que, em média, um hipermercado consome anualmente cerca de 10.600 rolos de papel térmico para impressão de recibos? Estes recibos, muitas vezes descartados após a compra, acabam frequentemente amachucados ou perdidos em sacos, carteiras ou gavetas, contribuindo para um desperdício significativo de papel.
Apenas este exemplo demonstra como um futuro mais sustentável passa obrigatoriamente pela transição dos recibos em papel para os recibos digitais.
No esforço para reduzir este desperdício e o seu impacto no meio ambiente, os países europeus têm estado a rescindir a obrigatoriedade de impressão de recibos promovendo, cada vez mais, alternativas digitais. Uma mudança que apoia objetivos mais amplos de proteção do planeta e mitigação das alterações climáticas e uma medida, aliás, em linha com a vontade dos consumidores. Por exemplo, de acordo com os indicadores do nosso Barómetro de ‘Perceção da Sustentabilidade’ mais de 90 % dos portugueses referiu preferir recibos e talões de compra digitais e, destes, 67 % acham mesmo que esta opção pode contribuir para reduzir a pegada de carbono. 27 % consideram, também, esta opção mais conveniente.
Além de reduzir o desperdício, a implementação de registos digitais aumenta a segurança e a acessibilidade, garantindo que os históricos de transações sejam facilmente recuperáveis e menos suscetíveis a perdas ou danos. Países como Portugal, França, Polónia, Alemanha e Roménia, entre outras nações europeias, estão a promover ativamente iniciativas de faturação eletrónica, reduzindo significativamente o uso de papel e promovendo a sustentabilidade.
O nosso objetivo é, por isso, o de promover práticas sustentáveis e atuarmos, muitas vezes, como pioneiros quando se trata de mudar processos existentes para alcançarmos um uso mais eficiente dos recursos. As regras para incentivar a eliminação da impressão dos talões são um exemplo, que criámos para todos os pontos de venda na Europa que aceitam os nossos cartões de pagamento.
Esta alteração significa que a confirmação da transação deixará de ser entregue em papel aos consumidores, a menos que o titular do cartão a solicite. Em alternativa, esta prova pode ser armazenada digitalmente, uma medida que já faz parte das nossas regras na relação com os comerciantes.
Este pequeno passo pode fazer uma grande diferença. Evitar impressões de compras pode ajudar a conservar recursos e reduzir o impacto ambiental, eliminando a necessidade de papel, tinta e processos de impressão que consomem muita energia. Contribuímos, assim, para reduzir o consumo geral de energia e diminuir as emissões de gases com efeito de estufa.
Ao mobilizarmos a nossa tecnologia, parcerias e pessoas, podemos acelerar a mudança para uma economia sustentável e inclusiva, ajudando empresas e consumidores a fazerem escolhas ambientalmente conscientes, que reduzem o seu impacto ambiental.
Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard Portugal