Energia sustentável: investigadora portuguesa finalista em prémio europeu

A investigadora portuguesa Carla Silva Gonçalves desenvolveu um modelo matemático que permite reduzir os erros de produção de energia elétrica de base renovável, contribuindo para aumentar a de fontes de energia renovável na rede elétrica. E o projeto valeu-lhe ser finalista dos Prémios Europeus de Energia Sustentável, da Comissão Europeia, na categoria Young Energy Trailblazer”.

Carla Silva Gonçalves, de 30 anos, considera que “métodos matemáticos muito sofisticados são essenciais para construir os sistemas energéticos do futuro” e que, apesar de as energias renováveis, terem muito benefícios, há desafios que precisam de ser superados de vido à sua dependência de variáveis atmosféricas. Nesse sentido, “as previsões são importantes para garantir o balanço entre a produção e o consumo de energia elétrica, considerando os altos níveis de integração de energia renovável na rede elétrica”.

Este é o ponto de partida do trabalho que desenvolve no INESC TEC e que contribui para a transição energética e digitalização do sistema elétrico europeu.  Além da variabilidade meteorológica, existe um outro desafio: a partilha de dados (essencialmente confidenciais) entre os diferentes atores do sistema elétrico e o benefício que pode ter numa gestão mais otimizada das centrais elétricas de base renovável. Neste contexto, e pensando que a previsibilidade pode ser tanto maior quanto maior for a quantidade de dados partilhada, Carla Silva Gonçalves propõe um modelo de ‘previsão colaborativa’, tendo desenvolvido ainda um mecanismo de mercado de dados que combina informações entre si e permite a sua monetização.

Esta investigação já resultou numa patente, cinco artigos em jornais especializados e seis em conferências internacionais.

Segunda-feira, 05 Setembro 2022 11:04


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