Carla Silva Gonçalves, de 30 anos, considera que “métodos matemáticos muito sofisticados são essenciais para construir os sistemas energéticos do futuro” e que, apesar de as energias renováveis, terem muito benefícios, há desafios que precisam de ser superados de vido à sua dependência de variáveis atmosféricas. Nesse sentido, “as previsões são importantes para garantir o balanço entre a produção e o consumo de energia elétrica, considerando os altos níveis de integração de energia renovável na rede elétrica”.
Este é o ponto de partida do trabalho que desenvolve no INESC TEC e que contribui para a transição energética e digitalização do sistema elétrico europeu. Além da variabilidade meteorológica, existe um outro desafio: a partilha de dados (essencialmente confidenciais) entre os diferentes atores do sistema elétrico e o benefício que pode ter numa gestão mais otimizada das centrais elétricas de base renovável. Neste contexto, e pensando que a previsibilidade pode ser tanto maior quanto maior for a quantidade de dados partilhada, Carla Silva Gonçalves propõe um modelo de ‘previsão colaborativa’, tendo desenvolvido ainda um mecanismo de mercado de dados que combina informações entre si e permite a sua monetização.
Esta investigação já resultou numa patente, cinco artigos em jornais especializados e seis em conferências internacionais.