A utilização dos automóveis será cada vez mais restrita, tornando as cidades mais agradáveis”. O diretor de Marketing e Clientes da Fidelidade, Sérgio Carvalho, resume assim o caminho que a mobilidade urbana está a tomar. Salienta, porém, que esta restrição vai gerar dois tipos de comportamentos: “O da existência de cada vez menos veículos pessoais, prevalecendo os transportes coletivos ou veículos partilhados, como a Uber e plataformas similares. E o da mobilidade suave, no qual as bicicletas, as trotinetes e os outros meios não motorizados ganham espaço”. Um tema “acompanhado com muita atenção” pela marca, pois tem impacto “não só no risco automóvel, mas também em novas necessidades de serviços e de riscos que precisam de ser cobertos”.
A mobilidade suave e as necessidades a ela inerentes ganham aqui dimensão. “Temos tido projetos com entidades municipais e outras com o intuito de encontrar respostas para o que vamos vivenciar no futuro e construir soluções que garantam que estas alterações de mobilidade urbana tenham a devida resposta no seio da seguradora”, assevera. Considera importante que a ordenação e a regulamentação de todos estes temas seja o mais eficaz possível”. Dar alguma resposta ao “caos” gerado nas cidades pelas trotinetes também está no leque de medidas. “Teremos que trabalhar com estas empresas e ajudar a criar soluções mais robustas de segurança para os utilizadores destas plataformas multinacionais que têm algum tipo de cobertura. A nossa preocupação é que estas soluções sejam insuficientes”.
Além da responsabilidade civil, do ramo dos acidentes pessoais, a assistência de meios de transporte suave é preocupação da Fidelidade. “Estamos a pensar na resposta ao tema das trotinetes de utilização pontual, que não são dos nossos clientes. Como é que os podemos proteger, complementando o que as plataformas já disponibilizam. Teremos novidades a esse nível”, avança, sublinhando a existência de parcerias com as autoridades para promover melhor ordenação nas grandes cidades, nas quais o número de veículos ainda não é menor, mas existe uma mudança no comportamento da utilização. “Não que as pessoas deixem de ter carro, mas passarão a usá-lo muito menos à medida que haja uma evolução no ordenamento. Vamos acompanhar o movimento global da Europa e começamos já a ver indicadores disso”, remata.