Falando no âmbito da apresentação de um projeto-piloto de rega sustentável na Área Metropolitana do Porto, o governante frisou que a gestão da água é um desafio e uma responsabilidade de todos”: “Não tem de se inventar a roda quanto à gestão da água. A solução é mesmo não aumentar o consumo ou diminuí-lo.”
Na sua visão, “é imprescindível uma agenda política clara e permanente para a gestão da água”, com projetos inovadores, atividades empreendedoras e outras iniciativas agregadoras.
A mensagem seria reforçada por Duarte Cordeiro no contexto da 10ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca. Garantindo que o país possui, pelo menos, dois anos de água para consumo de todos, foi claro na afirmação de que têm de existir prioridade de uso.
Recorde-se que, em junho, 67,9% de Portugal continental enfrentava seca severa e 28,4% vivia mesmo um quadro de seca extrema, segundo os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
E porque a gestão racional passa por todos, o ministro lembrou que está em curso uma campanha nacional de sensibilização que visa alterar comportamentos e promover o uso eficiente deste bem tão precioso como escasso.
No que toca às prioridades, foi o próprio ministro a clarificar, ao anunciar um pacote de medidas que envolve, nomeadamente, a redução do consumo em empreendimentos turísticos.
“Não vale a pena, quem promove determinado tipo de investimentos ou infraestruturas, não ter em consideração que a água é um recurso escasso. E não temos qualquer tipo de limitação na aplicação de restrições quando tal é necessário. É o que temos feito”, justificaria, em entrevista à Agência Lusa, comentando que o mais importante é haver água para o consumo humano.
“É importante explicar que vamos ter de nos habituar a viver com menos água, todos, as atividades agroindustriais também, os setores económicos, e temos todos de olhar para aquilo que são as oportunidades que temos”, rematou o titular da pasta do Ambiente e da Ação Climática.