De acordo com o C3S, junho marca o 13.º mês consecutivo de temperaturas globais recorde e o 12.º mês consecutivo a exceder 1,5º acima dos tempos pré-industriais. Além disso, este período foi globalmente mais quente do que qualquer anterior de que há registo, com uma temperatura média do ar à superfície de 16,66ºC, ou seja, 0,67°C acima da média do período de 1991 a 2020 para esse mês e 0,14°C acima do anterior máximo estabelecido em 2023.
Apesar de estes valores não serem habituais, uma série semelhante de recordes mensais da temperatura global ocorreu entre 2015 e 2016. Por outro lado, este mês de junho foi 1,5°C mais quente do que a média de junho estimada para o período de referência pré-industrial, entre 1850 e 1900.
Na Europa, este mês foi o segundo mais quente de que há registo, com 1,57ºC acima da média do período entre 1991 e 2020. Noutras áreas geográficas, as temperaturas mais elevadas acima da média registaram-se no México, no Brasil, no oeste dos Estados Unidos, no leste do Canadá, no norte da Sibéria, no Médio Oriente, no norte de África e no oeste da Antártida. Em sentido contrário, no Pacífico equatorial oriental as temperaturas foram inferiores à média, resultado da influência do desenvolvimento do fenómeno meteorológico La Niña.