O relatório, com o título “Independência energética europeia através do recurso a renováveis até 2030”, refere que é possível a independência energética com as tecnologias atualmente disponíveis, promovendo-se a expansão em massa, nomeadamente das energias eólica e solar.
Ao aproveitar os recursos energéticos complementares, o sistema poderá acabar com as importações de gás e petróleo, tornando-se independente de países “voláteis”, concluem os investigadores. Para tal, consideram, é necessário um investimento de 140 mil milhões de euros até 2030 e de 100 mil milhões de euros, por ano, até 2040, em soluções energéticas verdes.
Segundo os dados da investigação, no ano passado, 38% do setor da eletricidade na Europa baseava-se em fontes de energias renováveis, e as energias solar e eólica atingiram recordes, em 2021, e ultrapassaram a produção de eletricidade por gás.
O membro do Conselho Consultivo do Aquila Group Hans Joachim Schellnhuber considera que “a independência energética é apenas o primeiro passo. Para atingir a neutralidade carbónica, há que tomar em consideração a procura de calor e a necessidade de uma indústria eletrificada. Além das energias eólica e solar, os recursos geotérmicos podem contribuir para colmatar ainda mais as necessidades destas áreas”.