Este estudo, conduzido pela Opinion Matters, foi realizado em dez países europeus e auscultou 550 especialistas em cidades, com responsabilidades na área tecnológica e da inovação, para identificar taxas de adoção, oportunidades e obstáculos no que diz respeito ao tema das smart cities.
Os números alcançados concluem a existência de elevados níveis de apoio à adoção de smart cities na Europa. Assim, 66% dos inquiridos em Portugal afirmaram que o País já iniciou a sua jornada de transformação digital para as smart cities; 80% dos mesmos inquiridos consideram que as autoridades locais valorizam as soluções de smart cities; e sete em cada dez cidades europeias preveem investir em soluções inteligentes no futuro, com mais de metade (52%), a planear gastar entre dois e dez milhões de euros durante os próximos três anos.
Para o efeito, os especialistas apontaram algumas barreiras para a implementação de smart cities como a falta de fundos, a legislação, a necessidade de existir infraestrutura adequada, as preocupações com privacidade e segurança, a complexidade dos procedimentos de aquisição, a falta de estratégia e as competências digitais.
“Agora, mais do que nunca, com as atuais crises de energia e de custo de vida, os órgãos governamentais e os responsáveis pela formulação de políticas não devem esperar pelo “momento ideal” ou pela “solução perfeita”. Devem iniciar já hoje a sua jornada de digitalização, mesmo que isso signifique começar com pequenos passos”, afirma o CEO da Vodafone Business, Vinod Kumar.
Além de apresentar dados concretos e de apontar os entraves para a existência de mais smart cities, o relatório identifica as principais áreas de política em que a ação pode acelerar a adoção de cidades inteligentes em toda a Europa.
Nas recomendações para uma mais rápida concretização das metas estão medidas como assegurar a disponibilização de financiamento adequado; desenvolver projetos de smart cities, incentivando a criação de task forces para esta temática; melhorar a literacia e as competências digitais de quem está a selecionar e a implementar soluções e dos cidadãos; e tornar disponível e acessível a conectividade de alta qualidade.