Desenvolvida entre abril de 2021 e agosto deste ano, a iniciativa visou identificar áreas prioritárias de atuação para as PME, permitindo analisar a atual situação e as necessidades de ação no âmbito da transição económica e energética.
Foram envolvidas mais de 600 empresas, que em comum tinham a necessidade de “políticas públicas adequadas, de instrumentos de apoio customizados e de capacitação”. E o projeto propôs-se precisamente ajudá-las a alcançar uma transição “justa e inclusiva” e a apurar o grau de maturidade do tecido empresarial nacional nas áreas da descarbonização/transição energética e economia circular.
Segundo a AEP, os setores de atividade que mais aderiram foram a indústria e os serviços, tendo o projeto apoiado empresas no norte, centro e Alentejo. Por ser uma “região fortemente industrializada”, foi no norte que teve maior recetividade, sendo que no Alentejo o EcoEconomy 4.0 teve maior dificuldade em envolver o tecido empresarial.
De modo a incentivar as PME a potenciarem o cumprimento das metas ambientais, o projeto promoveu “diversas atividades na área da inteligência estratégica, criou ferramentas de suporte ao aprofundamento da economia circular e da transição energética e dinamizou ações de informação”.
Em matéria de sustentabilidade ambiental, a AEP concluiu que as PME necessitam de uma atenção especial em termos de foco das políticas públicas, de instrumentos de apoio customizados e de capacitação, nomeadamente pela via de ações de eficiência empresarial coletiva.
O projeto identificou, ainda, áreas prioritárias de atuação como a gestão e reaproveitamento de resíduos, o acesso a matérias-primas secundárias e a energia renovável e a dificuldade de opções alternativas e acesso ao financiamento.
“Independentemente de avançar ou não para uma nova fase, o projeto EcoEconomy 4.0 deixa um contributo importante para o futuro, materializado num roadmap coletivo de ações para o aprofundamento dos domínios temáticos da economia circular e da descarbonização/transição energética nas PME e exemplos de tecnologias da Indústria 4.0 potenciadoras dessa atuação. Nestes roadmaps são propostas iniciativas dirigidas às PME, em complementaridade e em reforço das políticas e ações públicas em implementação ou em programação para o futuro”, afirma o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro.