De acordo com o “Mobility Startup Radar”, apesar das inovações tecnológicas ocorridas nos últimos anos no mercado automóvel, o investimento é ainda “relativamente reduzido”. Revela ainda que, depois de atingir o recorde de financiamento para startups de mobilidade em 2021, com 83 mil milhões de dólares, o investimento total em 2023 caiu para 39 mil milhões de dólares. A consultora apresenta algumas razões como a incerteza económica global e a presença de vários conflitos regionais e crises políticas em curso, juntando ao facto de os fabricantes e os seus fornecedores de peças necessitarem de muitos recursos para expandir a capacidade de produção.
Outra das informações presentes é que, em 2023, as startups de fabrico de baterias emergiram foram a principal fonte de inovação, com mais de oito mil milhões de dólares de financiamento a nível mundial. Apesar de esta área ter-se tornado o foco principal de mudança, não se espera que tenha um impacto significativo no mercado dos veículos elétricos até 2030.
Assim, prevê-se que as futuras empresas emergentes vão surgir em três categorias: fabrico de baterias; serviço de baterias, reutilização e reciclagem de baterias. Atualmente, existem quatro grandes grupos focados na mobilidade, nomeadamente: mobilidade sustentável; serviços de mobilidade; hardware e soluções na área da conectividade e condução autónoma; e vendas/pós-vendas.
O segmento de mobilidade sustentável tem sido o mais proeminente a nível mundial em termos de financiamento e o único que tem crescido desde 2022. Já os serviços de mobilidade viram a sua quota no investimento total cair em 2023, com a mobilidade sustentável a absorver um terço do financiamento que este segmento recebia anteriormente. No que diz respeito ao financiamento de empresas emergentes na área da conectividade e da condução autónoma registou uma diminuição de 23 % face ao ano anterior. Por último, o financiamento de vendas e pós-venda diminuiu até 52 %, para quatro mil milhões de dólares a nível mundial, apesar da ajuda da adoção de tecnologias de inteligência artificial.
Simão Raposo