A Nespresso lançou, em 1991, o seu primeiro sistema de reciclagem na Suíça. Desde aí, a marca de café tem estado empenhada em garantir que as suas cápsulas de alumínio sejam recicladas, reconhecendo o valor deste material “infinitamente reciclável”. Para isso acontecer, disponibiliza locais para recolha, nas suas boutiques e lojas parceiras em todo o mundo, além de fazer a colheita no momento da entrega de uma encomenda.
A especialista em Sustentabilidade da marca, Mariana Fernandes, explica que, para envolver mais pessoas nesta missão, as principais estratégias em Portugal centram-se em três pilares: a infraestrutura em escala, como é o caso do projeto RECAPS, em parceria com outras 14 empresas, que visa aumentar os pontos de recolha e que conta com o apoio dos municípios; a inovação em cada etapa, incorporando materiais reciclados em vários acessórios, seguindo o conceito “designed for recycling”; e a inspiração para os consumidores, através de campanhas multimeios, por exemplo.
Não é apenas o alumínio que é utilizado para gerar impacto: parte da borra do café também é aproveitada. Esta é incorporada num composto orgânico que fertiliza os campos de arroz e, posteriormente, este cereal é adquirido pela Nespresso e doado ao Banco Alimentar, no âmbito do programa “Reciclar é Alimentar”. Este projeto foi criado em Portugal e já está presente em Espanha e Itália, já tendo garantido 21 milhões de refeições a famílias carenciadas no País. A especialista em Sustentabilidade avalia o seu impacto social como “extremamente positivo e transformador”, sendo um dos projetos que “enche de orgulho”. “Ao verem o impacto direto das suas ações de reciclagem, esperamos que os consumidores se sintam mais motivados a adotar comportamentos sustentáveis”, diz.
Estas e outras iniciativas fizeram com que a Nespresso recebesse a certificação B Corp, algo que a responsável considera que “não é apenas um selo”, mas uma validação “rigorosa e abrangente” do modelo de negócio e do “impacto positivo em todas as áreas”. Entende que este não é um destino, mas uma jornada e que a recertificação periódica, que acontece este ano, exige que se continue a melhorar e a inovar nas suas práticas. “Estamos sempre a explorar formas de expandir o impacto dos nossos programas e esse continuará a ser o nosso propósito no futuro”, remata.
Simão Raposo

