Na Sidul, enquanto empresa integrada na indústria alimentar, sabemos que temos um papel significativo na mitigação das alterações climáticas – e assumimos essa responsabilidade com clareza e determinação.
A transição para uma economia de baixo carbono exige mudanças estruturais em todos os setores, e o nosso não é exceção. Estamos conscientes de que a produção alimentar tem impactes relevantes em termos de emissões de gases com efeito de estufa, e temos vindo a trabalhar para os minimizar, tanto nas operações diretas como na cadeia de valor.
Dentro da fábrica, temos vindo a aumentar a incorporação de fontes de energia com menor intensidade carbónica, como a produção energética através de gás natural, como forma de garantir uma produção mais limpa.
Outro exemplo concreto do compromisso da Sidul é a modernização e otimização do sistema de ar comprimido, com o objetivo de aumentar a fiabilidade da operação, reduzir riscos de paragens e melhorar a eficiência energética. Este projeto inclui a instalação de um novo compressor isento de óleo e também a substituição de um compressor lubrificado com 20 anos de serviço por outro mais eficiente com recuperação de calor integrada, cuja energia será aproveitada para aquecer água no sistema da caldeira. O projeto prevê ainda a substituição de depósitos antigos, a criação de um espaço de insonorização para os equipamentos e a implementação de um sistema de supervisão contínua, com ganhos estimados de eficiência energética na ordem dos 70 a 80 %. Entre os principais benefícios, destacam-se também a diminuição da pegada de carbono em cerca de 500 toneladas de C02 por ano, o aumento do ciclo de vida útil dos equipamentos, promovendo uma gestão mais sustentável dos recursos, e a monitorização para uma melhoria contínua, mais rigorosa e baseada na captação de dados.
Mas a nossa ambição vai além dos limites da unidade industrial. Acreditamos que a descarbonização deve ser pensada em toda a lógica do ciclo de vida – desde a origem da matéria-prima até à distribuição final. É nesse espírito que desenvolvemos soluções de economia circular como o projeto das Terras de Carbonatação: um antigo resíduo do nosso processo produtivo que, tendo sido desclassificado, é valorizado como corretivo agrícola. Esta prática permite não só regenerar solos e promover a retenção de carbono nos mesmos, como também evita emissões associadas à deposição ou transporte de resíduos.
A descarbonização é, para nós, mais do que uma meta técnica – é uma transformação cultural que implica inovação, rigor e compromisso.
João Afonso, Environmental Department Manager da Sidul